quarta-feira, 30 de junho de 2010

2 anos. com choro e risada!

Dia triste. Dia pensativo. Dia saudosita. Dia 23 de Junho. Este ano completou 2 anos, e teve aquele ritual de família de "missa de aniversário" de morte. Louco ter um aniversário de morte. Aniversário remete àquela coisa boa, de novo ano, de coisas novas, de mais um ano agregado à tua certidão, à tua identidade. Significa mais um ano de arrecadação de coisas, momentos, palavras, abraços. Já morte é o 'fim', pode até ser o início de outra coisa, mas por ser desconhecida, nos parece o fim desta arrecadação. Não há mais abraços - físicos. Enfim, a questão é que soa estranho usar aniversário e morte na mesma sentença.

Não foi um dia tão triste quanto 2 anos atrás. Nem perto. Foi um dia mais de memórias. Triste ao lembrar que é uma perda, feliz por ter passado 28 anos ao seu lado.
Mas enfim, no meio desta tal missa tive uma vontade louca de gargalhar, tive que segurar muito meu riso. Cerca de uma semana antes, estava batendo papo com um querido aqui em casa, e, conversando sobre essas situações de missa/Igreja Católica (seja missa de morte, celebração de casamento, batizado etc.), eis que o querido me diz: "Cara, no batizado de meu sobrinho, no momento em que o Padre disse 'Hosana nas alturas', a primeira imagem que me veio a cabeça foi Rosana lá no altar cantando 'COMO UMA DEUSA'".
E não é que meio da missa, quando o Padre começou 'Hosana nas alturas', f-u-d-e-u. tive que segurar o riso, e só pensava em massacrar meu querido!
A missa no final das contas foi leve. Mas saí de lá precisando bater um papo, tomar uma cerveja, pensar em outra coisa....falar besteira.
Eis que fui encontrar outro querido, e fomos parar em um boteco por alí perto mesmo.
Papo vai, papo vem, começamos a falar de cinema. O querido2 me vira e diz "Adoro Festim Diabólico...". Uma mulher, por volta de seus 50 anos, loira, em forma, e considerada por muitos como A Doida do bairro, vira-se para nós e diz "que bebida louca é essa??? Eu quero!!!". Explicamos que não era uma bebida, e sim o filme do Hitchcock. Não satisfeita, ela resolve entrar em uma verdadeira odisseia: Inventar uma bebida chamada Festim Diabólico.
"Mas tem que ter fogo. Fulano, pega lá na cozinha o álcool 96%. Vamos colocar por cima e atear fogo, e tem que virar na hora!" Será que ela não sabe que faz mal ingerir álcool assim? Tentamos avisar. Ela nem aí. queria porque queria colocar o álcool por mim para 'dar efeito'.
Ela misturou campari (sim, vermelho lembra diabólico...) e vodka, lascou álcool por cima, ateou fogo, e meteu pra dentro!!! L-O-U-C-A. Pronto, e ainda acha que essa mania vai pegar.
Em um determinado momento, havia 2 homens batendo papo em outra mesa, um dele ao celular. Ela vira e nos fala baixinho 'viu? eles estão passando a receita para amigos pelo telefone! a receita é nossa!!!! vai virar moda".
Gente, acabou que dei boas risadas neste dia. Foi um triste alegre.
Tudo o que chorei ao longo do dia, tentei igualar com risadas no início da noite.
Forte abraço!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Sumiço parte II

Caros queridos e queridas: sei que estou sumida! Mas não se preocupem! Estou super mega bem....Não que a falta de inspiração não me incomode, mas estou "bombando" de trabalhos e não posso reclamar. Meu trabalhos interferem sim na minha inspiração, mas sei que em algum cantinho do meu pequenino cérebro, ela está lá, aguardando o momento certo para sair de lá e se transformar em algo escrito!
Nem introspectiva estou! Estou bem, feliz e tranquila. Sem grandes questionamentos, mas tampouco com grandes respostas! hahahaha
Só queria deixar um forte abraço a todos, e voltarei em breve...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

assim-assado.

Hoje acordei meio assim-assado. Não sei dizer se estou de mau-humor, se estou apática, se estou introspectiva. Mas uma certeza tenho: não sou a melhor companhia hoje. Definitivamente, hoje não é um dia de fazer "social". Não é dia de sentar e bater papo, não é dia de sair e beber com amigo(a) (ou amigos[as]). Também não é dia de relaxar apenas. Ainda tenho 2 provas para fazer em casa, e o saco é zero. Vontade mesmo de deitar e dormir até o próximo dia com astral novo chegar.
Mas não posso fazer isso. Sabe aqueles dias em que você simplesmente não quer nada? Mas nem você mesmo você quer perto de ti? Pois é assim que hoje estou.
Sem paciência, sem saco, sem sorrisos.
Enfim, espero voltar aqui melhor amanhã.
forte abraço a todos, e desculpa meu estado de espírito. affff.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Decepção.

A decepção em uma amizade as vezes dói mais do que em um amor.
Como já disse previamente em outros posts, quando começo uma amizade que eu acho que realmente valha a pena, me dedico. E todo início de amizade é inundado de "paixão", assim como todo início de amor. É normal que a chama diminua com o passar do tempo, mas se apagar? Amizade que é amizade não é pra vida toda? Há sempre algo que nos conecta a alguém, e quando esse "algo" deixa de existir, ou passar a ser "menos importante", há 2 saídas: ou a amizade perdura para todo sempre, criando outros e novos links, outros motivos, ou simplesmente acaba. Morre. E a tal fila, anda. É uma pena, pelo menos para mim, pois eu acredito num carinho eterno dentro de uma amizade. Acredito que as ondas que nos movem não morrem. Podem existir fases menos acaloradas, menos presentes, mais apáticas, ondas podem virar marola, até uma verdadeira piscina tranquila. Mas uma hora elas voltam.
Então, quando essa "paixão" acaba, e uma das partes decide que virou piscina, a outra parte afunda.
E é assim que estou me sentindo agora. Literalmente afundada. Um tanto decepcionada, um tanto triste, um tanto nada aliviada. Como não me calo, escrevo. E isso é um desabafo.
Está doendo, e é normal. Como se fosse um estado de luto. E provavelmente aprenderei algo com isso.... seja me dedicar menos (acho praticamente impossível, é de minha essência), seja enxergar as pessoas por outro viés, seja entender que nem as amizades são para todo sempre. Pois pra mim, amigos são família, e família não morre, certo? Ainda mais a família que a gente escolhe como nossa; no caso, as amizades.
Forte abraço, e voltarei pós-provas.

sábado, 29 de maio de 2010

Conciliação x Equilíbrio.

Conciliar. Porque para haver equilíbrio, é necessário conciliar.
Sou extremista, e é estranho me ouvir dizer 'equilíbrio'. Minha vida é cheia de altos e baixos, e confesso que gosto dela assim. Apaixonada por um instante, e justo na sequência, estourada, puta da vida, raivosa e querendo me trancar no quarto. Quando entro no quarto, fico 2 minutos, e de repente, saio, coloco a primeira roupa, e vou pedalar por aí. Com música nos ouvidos, volto a sorrir novamente.
Sim, eu oscilo MUITO ao longo de uma única hora. Será isso um equilíbrio também? Acredito que sim, ué! Por que não?
Por que equilíbrio está necessariamente vinculado a estar sempre no mesmo ponto, nem bom nem mau? Por que não se pode ser extremista, volúvel, E equilibrado? Pois eu não tenho um ponto único de equilíbrio. Quando estou bem , algo me puxa (não necessariamente para baixo, mas para algum lado oposto, pois estar bem não significa estar para cima, eu acho... pode-se estar bem simplesmente por estar apático, certo? não foi exatamente isso que pedi para 2010? um ano apático, logo um ano bom?), e o melhor, quando não estou bem, algo também me puxa - para cima! Isso para mim é estar equilibrado (a).
Mas voltando ao verbo conciliar. Sim, dentro deste MEU equilíbrio (nada aureliano) acho necessário conciliar. Conciliar o estresse do trabalho com uma pedalada ou um mergulho. O estresse de provas com uma boa taça de vinho e um bom bate-papo. O estresse da ressaca com uma sessão puxadíssima de pilates (para suar tudo e poder tomar outro porre). O estresse de um mal-humor repentino com um bom-dia sorridente e simpático do trocador de ônibus. O estresse de um dia terrível, onde nada, absolutamente nada deu certo, e fazer sexo incrível no final do dia.
Sim, conciliar é importante. Essas conciliações fazem parte do meu equilíbrio.
Não sou equilibrada, sou extremista, mas sou "meio-conciliadora-dentro-do-possível" (ou seja, amo conciliações, mas não sou o fator mais importante da conciliação, sacou???).
Enfim, hoje é sábado, e nada a ver com o post, mas quero comentar, hoje terei uma tarde gastronômica aqui em casa. Adoro. E será com uma amiga querida e muito especial, que pouco vejo. Já estou prevendo que o papo não acabará tão cedo, e enquanto houver garrafas de vinho a serem abertas, ficaremos conversando, comendo, bebendo e ouvindo boa música. Por favor, que não haja verbo conciliar hoje. Deixa rolar, e curtir. Deixa para me puxar para o tal lado oposto segunda-feira, ok? Pois tenho certeza que um trocador irá "conciliar", me puxar para cima com um super belo bom dia sorridente e simpático!
Forte abraço a todos, e bom final de semana!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

festão incrível!

Por onde começar...
Este foi um dos melhores finais de semana da minha vida. Sem exagero.
Foi uma verdadeira maratona, desafiei os limites do meu corpo, em termos de cansaço. Tudo começou na quinta-feira.
Flamengo eliminado da Libertadores, mal consegui dormir. (3 horinhas apenas).
Sexta, acordei cedo, 7am, na função de arrumar a casa para festa de sábado. Com um detalhe apenas: 13h tinha um vôo para Brasília, comemorar os 30 da minha "primeira melhor amiga". Detalhe 2: fui de surpresa! Imagina só! Fiquei escondida na casa de uma grande amiga até a hora da festa, e quando cheguei, Carolina quase infartou.
Bom, a festa foi A FESTA. Tema: terra do nunca! Sim, uma verdadeira festa de criança, só que para adultos! Decoração nota 10, cerveja que não acabava mais, caipi-coisas, frozen e afins.
Tinha: touro mecânico, cama elástica, e o melhor: tobogã!!!! Barraquinhas de algodão doce, batata frita, mini-hambúrger, mini-cachorro-quente, crepe, pastel. Foi realmente demais!!! Diversão do início ao fim!
Saí da festa 5:30 rumo ao aeroporto para voltar pro Rio a tempo de arrumar tudo que faltava, comprar o que faltava e começar a cozinhar para 30 cabeças.
Cheguei DESTRUÍDA. Nem preciso comentar, não é?
Consegui dormir outras 3 horinhas, e comecei a arrumação. Rafa querido, Fábio amado 'came to the rescue'. Sem eles não teria sido perfeito!
A festa foi tudo! Foi incrível!!!! De todos que chamei, apenas uma pessoa não veio. 99% de aprovação Dona Bia!!! Tudooooooooooo de bom!
Veio até gente de Sampa!!
Apenas pessoas queridas, música boa (que deu uma trabalheiraaaaaaaaa danada escolher o playlist), comidinha boa (modéstia a parte), torta de limão INCRÍVEL da sis, quiche da mamis, enfim, tudo, tudo, tudo perfeito.
Palmas especiais à decoração! Fábio arrasou, amado! Super obrigada!
Estou feliz, cansada porém muito feliz.
Os remanescentes foram embora 6:30am! Já viu né?
Enfim, preciso voltar pro trabalho!
Forte abraço.
ps. faltam 24h!!!!! afffff
ps.2. acordei 10am. ou seja, dormi um total de 8 horas em 3 noites!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mistureba bacana!

Sabe festa só de dentista? Um saco, né?
E só de advogados? e só antropólogos??? socorro....
pois minha festa será uma mistureba daquelas....
Teremos: economista, engenheiro, advogado, antropólogo (em construção e já formado), músico, químico, tradutor, ex-padre, dentista, jornalista, locutor, bailarino, artista plástico, gente da industria cinematográfica, desenhista! Gente de tudo quanto é tipo, junto e misturado! Essas são as melhores reuniões!
Uma das coisas que mais me dá prazer é juntar gente aqui em casa... seja para um almoço, um jantar, um queijos e vinhos, um sonzinho, enfim, qualquer motivo é motivo desde que haja álcool! hihihi!
Melhor ainda, é misturar gente que não se conhece... os melhores papo surgem destes encontros.
Estou super ansiosa para sábado! Será incrível!
Ai, ai, ai, será que aguento esperar 4 dias?
Hope so!
forte abraço!

Tá chegando a hora!

Pois é.... tá chegando a hora!!! Falta 1 semana pros trintão!!! E toda aquela ladainha de 'sentir o peso dos trinta' não veio. O inferno astral não chegou!! Eu dei um chega pra lá, ainda que inconscientemente, e deu certo! Até agora, este ano foi bom. Foi incrível.
Relacionamento estável, amo muito maridão, família está bem, amigos presentes, sem grandes estresses ou perdas. Não poderia pedir mais.
Agradeco a não sei quem, mas agradeco a mim também. Sou um fator importante na minha vida, e sei que muito depende de mim também. Nada cai de graça dos céus. Nada conspira a favor se você não conspirar também. Você aprende a correr quando precisa, a parar e até regredir quando é necessário. Se frear é importante, mesmo quando a impulsividade 'a lá Bia' bate com tudo na minha porta!
Fora o quesito profissional, está tudo ÓTIMO. Mas também, se tudo estivesse maravilhoso, pelo o que lutaria????
Sigo na minha busca, devagar, pois aprendi a ter um pouco mais de paciência, como já dizia o grande mestre Lenine - o mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós um pouco mais de paciência - a vida é tão rara.
é minha gente... vamos com mais calma... vamos aprender a perceber, observar e valorizar as coisas pequenas. As vezes nas menores e mais corriqueiras situações estão as coisas mais belas....
Ontem, por exemplo, vi uma cena que me abriu um sorriso grande e bem sincero... Depois da super caminhada com um grande e querido amigo, por volta das 20h, cansada, suada e com dor na panturrilha (sim, uma contractura muscular feladaputa me fisgou), vi um casal velhinho dando um puta amasso no meio da rua. Na casa dos 70 anos, depois de tanto tempo, ainda se amavam incondicionalmente. Isso é lindo. Isso é puro. Isso é incrível. Eles pararam como se não houvesse mais nada no mundo, no meio da rua, com carros e gente passando sem parar, e se agarraram e lascaram aquele beijo cinematográfico.
Acho que o sorriso ainda está presente na minha face-beirando-os-trinta.
É isso minha gente! Vamos comemorar e bebemorar muito!!!
Forte abraço!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mais unzinho antes de decidir!

Eu não tinha pretensão de escrever mais hoje.... mas eis que estou aqui em casa, sozinha, depois de um bom banho, depois de um pilates puxado e uma boa caminhada, tomando um vinho branco e ouvindo um bom som (meio jazz, Jamie Cullum - recomendo).
Sabe o que eu realmente queria hoje a noite? Me juntar com outra alma, um amigo, e bebericar até de manhãzinha, papeando até perder a hora. Ao mesmo tempo, quero muito dormir cedo para acordar igualmente cedo e curtir o dia. Buscar minha bike em Copa, dar um mergulho, renovar as energias e curtir o que há de melhor no Rio de Janeiro.
Estou dividida. Nada determminada... queria que as tais 24 horas tivessem mais horas... mais horas no dia e definitivamente mais horas na noite.
Ainda vou decidir, e enquanto isso, curtirei um bom som, bom vinho branco, enquanto aguardo marido chegar do trabalho.
Forte abraço a todos, excelente final de semana e nos encontramos por aqui, ali, acolá!

Eu por mim e pelos outros.

Eu roo unhas, eu fumo, eu bebo. São defeitos. Mas o que exatamente caracteriza um defeito?
Uns dizem que meu defeito é ser flamenguista. Outros me amam por ser flamengo, e acaba sendo o único assunto inclusive. Outros ousam dizer que sou tímida (PORRA, AONDE???), alguns reclamam que sou "outgoing" demais...Uns me chamam de mal-humorada as vezes, outros dizem que o mal-humor na verdade é minha sinceridade aflorada que não consigo esconder (e logo, é uma qualidade... quando não quero papo, não quero papo mesmo, não coloco máscara).
Uns me chamam de querida, outros de marrenta. Uns de batalhadora, outros de vagabunda. 50% adora o fato de não segurar o que penso, os outros 50% querem sumir do planeta no momento em que abro a boca.
Uns querem me comer, outros nem mortos. Uns reclamam que sou moleque demais, e há quem diga que quando o lado feminino aflora, SAI DE BAIXO.
Veja bem, não estou concordando ou discordando de nada. Não estou me descrevendo, mas estou transmitindo o que ouço.
Eu me vejo assim: moleque (bem mais menino que menina), de fato roo unhas, não pinto nem aliso o cabelo, não gosto de salão de beleza, não gosto de papo de meninas nem de shopping. Sou uma amiga fiel, tenho problemas sérios em dizer NÃO quando há necessidade, sou explosiva demais, gosto de falar mas gosto de ouvir. Tenho dificuldade em aceitar críticas, mas não de ouví-las. (sabe do tipo: ouço, entendo mas não aceito???).
Sofro pelos outros e muito. Tomo a dor dos meus amigos como minha, e acabo sendo um pouco tendenciosa. Odeio fofoca. Tanto ouvir quanto transmitir.
Sou uma eterna fujona. Isso encaro como um grande defeito.
Sou sincera demais, e isso me coloca em situações indesejáveis mas altamente evitáveis.
Gosto muito de beber, mas as vezes não gosto como ajo quando bebo.
Sou impaciente demais, e fico irritada com facilidade. Não há motivos específicos para ficar irritada, não há uma fórmula: "evite isso e não irritarás a Bia". Os motivos variam de acordo com meu humor. Volúvel demais, múltiplas personalidades, mas jamais "duas-caras". Não uso a desculpa de uma para justificar a outra.
Sou impulsiva, mas questiono demais as coisas. Penso demais, mesmo dentro da minha super impulsividade.
Não sei lidar bem com elogios, detesto que abram a porta só porque sou mulher, tenho tics ao caminhar ao lado de alguém (tenho que ficar do lado direito da pessoa). Sou pontual e não gosto quando as pessoas se atrasam para me encontrar. Fecho o tempo.
Sou expressiva demais, gesticulo demais, me mexo demais.
Sou preguiçosa as vezes, outras sou totalmente 220v.
Não sei se tenho auto-controle.
Sou ansiosa demais. Sofro por antecipação. Tenho problemas em terminar algo que começo, mas não consigo retomar nada. Voltar a trás é algo que não sei fazer.
Não sei se sou determinada.
Sou cheia de "por favor" e "obrigada".
Quando fico muito tempo sem viajar, fico de mal-humor. Odeio rotina, mas fico muito ansiosa com mudanças.

É mais ou menos isso.... falei demais acho.

Beijo grande e até a próxima...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Réplica ao Rafa!

Bem, a vida é curta mas é grande, e o mundo é pequeno. Temos que sair sim, viajar sim, conhecer sim, REconhecer sim. Papear sim, beber sim, curtir sim, ser turista não. Talvez um turista interno para se conhecer melhor.... quanto menos "local" você for dentro de você, mais as chances de se conhecer melhor.
E, peraí, isso era um comentário para o post do Rafa (Rafa, quase coloquei teu blog aqui como referência, mas senti que precisa de autorização tua...) mas tá ficando bacana e quero postar no meu blog... hihihh Valeu pela inspiração Rafa querido.
Mas sério, agora voltando, ser turista não, porque ser local é melhor! Sempre...entrar nas ruelas, em botecos perdidos, em parques proibidos, subir uma escada pra ver onde dá (Berlin, isso me lembra Berlin, né Kiko? - interrupção rápida, estávamos na parte oriental de Berlin passeando à noite, Kiko e eu, e passamos na frente de um prédio onde, na 'portaria', aberta e sem porta, tinha uma espécie de feirinha, com som, um cara vendendo umas camisetas doidas, outro vendendo uns quadros, e no final havia uma escada que subia o prédio todo... uma mistura de sons, de pessoas, de cheiros, de luzes e fumaças, e principalmente de personalidades, nos criou uma curiosidade inevitável e fomos subindo. Depois de dois lances de escada (mais ou menos), deu numa boate/bar, não sei o que porque não entramos....enfim, foi muito interessante, e esse tipo de lugar não tem no guia, não tem no tripadvisor, não tem no footprint, não tem no lonely planet. A amiga da tua prima não conhece esse lugar, e não vai te recomendar nada nem parecido.
Quando viajar, é bom se largar no meio da cidade e ir. Pra onde? não sei... direita, esquerda, suba uma ladeira suspeita, suba no bonde passando de repente e desca quando quiser. Ser local é isso também. Quando se tem amigos morando, é melhor ainda, mas não deixe de viajar porque não tem ninguém, não conhece ninguém. Vá, porque você não estará sozinho. Haverá outras pessoas, talvez até na mesma condição que a sua.... buscas parecidas, e culturas diferentes. É um encontro incrível, conhecer pessoas de outros locais, em um terceiro local.
Enfim, tô viajando aqui, nem sei como esse assunto começou. Estou na verdade papeando com meu computador! Estou falando em voz alta na medida em que estou escrevendo. Chega, vou trabalhar um pouco!
Affff, viu? Foi só escrever sobre o sumiço que deu vontade de voltar a escrever...
ai ai ai!
Forte abraço!!!!

Sumiço!

Sei que estou sumida.... mas para escrever por escrever, prefiro calar e aguardar.
Os pensamentos que vem não rimam o suficiente com as melodias da caneta, e portanto, fico a pensar apenas, sem expressar.
O sorriso segue estampado, e o meu bronze não pode faltar.
Estou bem.
Estou quieta.
Estou sorridente.
Estou feliz.
Estou na véspera, mas sem tensão alguma.
Um beijo e um queijo, até breve

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ser, estar ou gerundiar?

Pessoas se encontram e se perdem, mas não desaparecem.
Algumas estão em falta, outras simplesmente fazem falta.
Pessoas existem, outras co-existem. Umas muito dão, outras muito sugam.
Algumas vivem, outras mofam, mas não desaparecem.
Sim, umas definitivamente se encontram, outras, seguem buscando; ou se escondendo.
Outras se acham e se perdem - de si; mas não desaparecem.
A busca é de todos. O alvo muda, mas as escolhas dos caminhos, todos têm.
Uns encontram, outros se perdem. De si. E a lição fica.
Sei que as frases estão incompletas, como os ciclos da vida enquanto vivemos.
Os ciclos não terminam. Nós podemos tentar um "desfecho", um ponto final. Eles podem até desaparecer, ao contrário das pessoas, mas não se perdem. Talvez nem possam ser encontrados, os tais ciclos.
Eles vem e vão... voltam ou são engavetados. Ciclos são.
Pessoas estão.
Eu gostaria ser. Gosto estar, mas o pavor do definitivo neste caso me atrai. Não quero me perpetuar, mas quero marcar.
Não quero apenas gerundiar. Sei que não desaparecerei. Me encontrarei e me perderei. Perderei pessoas que não desaparecerão e encontrarei outras que desejarei o desaparecimento- obviamente sem sucesso.
Os ciclos são inevitáveis, já as pessoas não. E o grande lance é esse na verdade. Desvie de algumas, corra ao lado de outras, fique um pouco atrás de umas, corra bem à frente de certas outras.
Escolha o teu caminho. Encontre, perca, mas não desapareça!
Forte abraço!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Amizades.

A idade é inversamente proporcional ao número de amigos que você mantem na vida. Sim, é verdade. Mas isso não quer dizer que você não possa agregar novos amigos.
Fazer amigos, não é uma tarefa fácil. Colegas e conhecidos sim. Esses não faltam. Mas amigos mesmo, pessoas que você quer por perto, não. Então, quando eu conecto com alguém, sinto uma energia boa, sinto que há o que cultivar, me dedico. Me esforço. Me faço presente.
É muito fácil perceber quando gosto de alguém. É óbvio demais. E faço questão de transparecer isso. Por ser tão raro, quero que saiba que vale a pena.
Fiz novos amigos no último ano. Sim. Juju, Fábio (mais de um ano na verdade, mas ainda o considero amigo-novo), Rafa, Zé (em construção ainda). Estou feliz por ter encontrado essas pessoinhas, mas estou mais feliz ainda por ter percebido essa conexão e por estar cultivando diariamente.
Amo pessoas.
Amo gostar de pessoas.
Amo gostar.
Amizade de fato é um caminho que escolhemos seguir.
Forte abraço a todos, e cultivem. Vale a pena.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Night Bike Ride!

Eis que hoje me dei folga! Uepa! Tudo bem que não tenho aula terças-feiras, e geralmente é o dia que me dou de folga (tento trabalhar findis, pra manter a minha ex-velha-não-rotina-da-aviação). Mas hoje estou animada. Sim, animada.
Minha querida sis me inscreveu (a pedido meu, é claro) numa 'night bike ride'. Já faço bastante coisa de bike, pois sinceramente, morar na Zona Sul do Rio e não usar bike é praticamente um crime. Tenho o aterro à minha frente, poucos km da praia de Copa, e menos km ainda do centro da cidade. Não dá pra usar só transporte público, certo?
Minha bike é minha filhota querida! Cuido bem dela, faço revisões, passo óleo, é toda equipada pra carregar coisas (banco traseiro e cestinha na frente), 2 cadeados fortes (afinal já roubaram 3 aqui em casa, 1 minha e 2 do marido). Minha bike é uma querida! hahahaha!
Minha companheira, assim como meu ipod. Impossível pedalar, mesmo com o visual incrível do Rio de Janeiro sem música. Impossível! Troco sempre o playlist pra não enjoar, coloco no shuffle e vou embora! É uma das minhas sensações prediletas, confesso. É uma liberdade que não encontro em outras 'tarefas rotineiras'. Bem me faz, me faz bem.
Então, hoje a noite terá esse rolé (e não rolê como dizem os paulistas) pela orla da Zona Sul! Super bacana, me parece! Sairemos do posto 6 em direção ao Leme, depois seguiremos até o pontal do Leblon e voltaremos ao posto 6. Incrível coincidência, minha mãe MORA no posto 6 e não terei que retornar até o Flamengo. Descanso merecido. Até porque, vou à praia durante o dia, e todos sabem que praia cansa, não é????
Enfim, espero que meu dia seja tão bom quanto estou esperando, ou ainda, melhor!
Rafa, me liga! o dia está lindíssimo, e a praia promete!
Forte abraço a todos!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Paraíso x Inferno Astral

Por pura curiosidade coloquei no "google" paraíso astral hoje de manhã, e entrei no primeiro site que ele me disponibilizou. A explicação do site diz o seguinte:
"Inferno Astral é o período de 30 dias que antecede a data de seu aniversário. Nessa época, a cada ano, você fica mais sensível e precisa se dar a si mesmo(a) mais atenção. Durante essa fase, recomenda-se fazer um balanço de sua vida e quando se deparar com problemas, esforce-se por resolvê-los.
Paraíso Astral é o oposto de Inferno Astral, quando tudo parece funcionar perfeitamente bem, ou pelo em um nível melhor."
Agora, a minha explicação por esta busca deve-se a proximidade do meu aniversário. De acordo com este site, o meu inferno astral começa dia 25 de Abril, um mês antes da data comemorativa. Se fosse em outro anos, talvez eu acredita-se mais nesse lance, mas este ano as coisas estão diferentes. Estão mais calmas. Eu estou mais paciente, e melhor comigo mesma. Estou mais em paz, mais 'bem resolvida', buscando cada vez mais o silêncio em mim e muito feliz por isso.
Nunca fui muito fã da quietude, sempre preferi minha vida mais agitada, mais turbulenta, pois se encaixa melhor com minha impulsividade e minha impossibilidade de tomar decisões numa calmaria e céu de brigadeiro. Apenas consigo tomar atitudes no momento de tensão, de estresse, de 'fudeu, e agora???'. Não posso reclamar, porque no fundo, sempre me sai bem melhor dessas situações do que dos momentos que tenho calma para decidir. Mas agora posso afirmar que algo mudou. Quero calma para pensar, calma para decidir, calma para tomar atitude. Quero me definhar de tanto pensar! Quero fundir a cuca até meu limite e dizer "sim, isso é melhor do que aquilo".
Talvez seja o famoso TRINTÃO chegando. Sim, farei 30 anos. Estou feliz. Estou bem. Estou satisfeita. Nunca fui muito fã do meu aniversário, embora de certa forma sempre quis comemorar de alguma maneira, nem que seja com um jantar pequeno em família apenas (leia-se Aninha, Di, Marcos e Kiko).
Voltando à astrologia. De acordo com o site, meu paraíso astral dura do dia 23 de outubro ao dia 22 de novembro. Pois eis que EU DISCORDO. Estou vivendo o meu paraíso astral agora pombas! Sim, por definção é o momento em que tudo parece funcionar perfeitamente bem! Não estou analisando minha vida por completo, ainda tenho diversos caos presentes, dúvidas me consumindo, estresses, tensões etc. Refiro-me a mim apenas. Eu estou bem. Estou estou perfeitamente bem. E o melhor: feliz por esta mudança que veio chegando devagarzinho e me dominou de forma aprazível. Estou conseguindo enxergas estes caos e estresses de forma diferente. Não estou deixando que me consomam até o talo.
Tenho muitos amigos que já cruzaram a linha dos 30. A maioria na verdade. Alguns me revelaram na véspera um desespero. Outros uma ansiedade.
É uma data importante. (todas são, mas peraí!!!). Fazer trinta anos é um verdadeiro rito de passagem. Como Clarice Lispector um dia escreveu, fazer trinta anos é cair em área sagrada. Não me refiro ao número 30 na certidão de nascimento. Tem gente de 50 anos que não tem 30 ainda, assim como tem uns de 21 com 30 já. Tem gente que jamais alcançará os 30; uma pena... Pois eu tenho a sorte de estar preparada e querer muito virar os 30 exatamente no momento que estou virando 30. E isso é o máximo!
É como se tudo antes dos 30 fosse uma grande fase de aprendizagem. De amadurecimento. Não que acaba por aí... óbvio que não, e quem já vem me acompanhando sabe que jamais afirmaria uma loucura dessas! Mas é como se antes dos 30 estivesse para a escola como o após está para a fase pós escola (seja faculdade, trabalho...tanto faz). É uma fase de redescoberta pessoal. As escolhas de Sofia, as caixas de Pandora, todas explodem nesse momento, e tua perspectiva é outra. As mesmas questões são enxergadas por outro viés. Aprendemos que sim, há o outro lado da moeda.
A virada dos trinta é aquela curva na estrada. Aquela que tem uma placa avisando: curva fechada, desacelere. Não há maneira de ver o que há após a curva, portanto vá com cuidado. Analise bem a estrada, veja se há um barranco, um precipício, outro carro na contramão. Olhe cuidadosamente no retrovisor, analise se vem alguém atrás, pise no freio com antecedência para não causar um engavetamento. Anuncie um distanciamento de quem vem de trás, mas não perca de vista. Veja se não há buracos ou óleo na pista, pois derrapar na curva é um perigo. Veja se não há animais nesta área, pois a última coisa que se quer é atropelar algo.
Ou seja, pense, repense, analise, descubra, e principalmente, redescubra. Não delete nada anterior, não ignore nada, não engavete nada, e cuidado com os próximos. Não torne-se egocêntrico, não atropele ninguém. Olhe-se mas não se esqueca que há um mundo gigante no seu exterior, e que sem ele você não é ninguém.
Enfim, por estas e outras afirmo com convicção: eu decidi que meu inferno astral esse ano não existirá. Já tive 2 anos seguidos de muita merda, de perdas etc. Estes 2 anos corresponderam ao meu inferno astral dos 30. Pois agora, estou a 2 passos do paraíso. Estou entrando lá. E não tenho pressa, não estou ansiosa, pois sei que será simplesmente incrível!
Forte abraço a todos! Obrigada pelo desabafo!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

6 anos atrás...

"Como dar fim a algo que não necessariamente foi desejado? Então, como decidir quem ser?
Como escolher entre Eu e Eu? (sim, há uma diferença...)
Como viver sem pensar, porra?
Essa resposta eu já sei: não é possível.
Na verdade não foi para expressar dúvida, e sim, um protesto.
Convencida disso, prefiro me dedicar a outro pensamento.
Sinto mudança, o desconhecido sempre me é estranho, mas nunca o expluso.
Reação sem controle como sempre. Típico Bia.
Sem poder, sem decisão, mas sem angústia acima de tudo. é o que desejo.
Meus olhos permanecem secos para minha surpresa.
Possuo outra expressão, uma nova expressão, mais paciente, ainda que um tanto infantil e, por vezes, raras vezes, ingênua; para surpresa de muitos e tristeza minha por ser tão raro.
Sorrio.
Hesito com prazer. Louco, não?
Quantas voltas já devo ter dado nesses últimos 24 anos? Quantas vidas já cruzei, quantas gerações, dores, alegrias, momentos de pânico, de medo e de prazer já tive acesso?
Satisfeita, eu não sei responder e sinto-me bem com isso. Não há resposta para tudo. A minha impulsividade que o diga!
Sorrio outra vez e deixo o silêncio falar por mim."

Mais uma vez, vasculhando meus papéis, infinitas pastas que guardo (TRALHA NÃO, por favor...), encontrei esse 'escrito'. Tive vontade de voltar no tempo, mais precisamente para o dia 15 de Julho de 2004 e entender com a cabeça que tenho hoje, o que senti naquele momento.
Não posso.
Agradeco minha mania de guardar tudo que escrevo.
Forte abraço,
Bia

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Estresse versus Memória

É impressionante como a nossa memória recente, principalmente para momentos de tensão, é curta. Todos semestre é a mesma ladainha de semana de provas, mesmo estresse, mesmíssima coisa. Não muda. Aliás, duas vezes por semestre, somando um total incrível de 4 semanas por ano "perdidas" em avaliações muitas vezes desnecessárias.
Mesmo sabendo destes números, sempre que chega a véspera da semana estressante, parece novidade, parece que nunca antes fiquei tão estressada assim...de fato, a memória bloqueia a semana do semestre anterior...e de fato, parece novidade.
Por vezes me parece um sistema engessado, preso a uma herança do antigo segundo grau (ensino médio agora, não é??). Outras vezes, tomo um viés de "mal necessário". Não tenho uma opinião totalmente formada a respeito disso, mas acredito que haja uma forte falta de flexibilidade quando o assunto é avaliar se o aluno está apto ou não. A verdade é que não depende do professor, e sim de um sistema acima dele que o obriga a avaliar os alunos, muitas vezes, em um momento menos propício. Muitas vezes, por questões diversas, sejam feriados, greves, problemas pessoais, de saúde, enfim, não é o momento certo para avaliar. Mas não! O MEC exige, a diretoria exige, uma data limite para que os alunos sejam avaliados. E se o professor ainda não tiver dito tudo que precisa ser dito? Foda-se. A prova tem que ser aplicada, sem desculpa ou flexibilidade alguma, nesta determinada semana. Foda-se. Corra com a matéria, cuspa tudo sem critério algum. Não ME importa. Ok então.
Enfim, a minha semana de provas acabou hoje. Finalmente. O estresse passou. Mas sei que em breve virá outra semana... e até o final do ano, faltam 3. E até me formar, faltam sei lá quantas semanas de puro estresse e tensão. Provavelmente amanhã, depois de uma devida comemoração etílica deste final, eu já esqueca por completo, e sofra por antecipação outra vez na primeira semana de junho.
Veremos!
Forte abraço!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Interrupção das Partes -

Eu estava aqui fazendo uma limpa no meu computador quando encontrei alguns áudios que faço quando estou com preguiça de escrever (geralmente porque já estou deitada para dormir e não há papel e caneta a mão).
Encontrei o seguinte:
"A pseudo-dor de uma vero-perda.
Foram X meses, X dias, X horas ou até X minutos.
Foi este o tempo que durou esta lenta perda.
Foi um sofrimento gradual, incontrolável, inigualável.
Depois que a perda ocorreu de fato, passei a prezar tanto o futuro na esperança de que esta dor diminuísse gradualmente.
Mas ao mesmo tempo, este esperançoso futuro representa um pouco de medo,
porque ele também representa um distanciamento do passado.
E este distanciamento significa um distanciamento também das lembranças
Um distanciamento da figura, da memória, do rosto, dos momentos.
E esta lembrança é exatamente o que eu não quero perder.
E o futuro representa exatamente isso. Mesmo ele representando uma futura cura para a dor atual, não acredito que o esquecimento compense parar de sentir dor."

Referia-me a perda do meu pai (pra quem já leu postagens anteriores, sabe que é meu pai de segunda geração, meu avô a quem me refiro).
Hoje, passados quase 2 anos (exatamente 1 ano, 9 meses e 19 dias), a dor diminuiu, mas o tal esquecimento mencionado não chegou. Ele ainda está presente em minha vida diariamente. Seu rosto não foi esquecido. As lembranças tampouco. Mas de alguma forma, deletei seus últimos dias de vida, deitado na cama do hospital, sem forças para falar, para respirar, para expressar. O que consigo lembrar dele são memórias boas e felizes.
Acho que estava errada... e espero que continue assim.

Forte abraço!!!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Desgaste!

Amor desgasta.
Sim, desgasta com o tempo, o relacionamento, a rotina, você mesmo.
A rotina também desgasta. Sim, desgasta o tempo, desgasta o relacionamento, desgasta o amor e você mesmo.
O tempo também desgasta. Sim, o tempo desgasta o amor, desgasta, o relacionamento, desgasta a rotina e você mesmo.
O relacionamento desgasta também. Sim, desgasta o amor, desgasta, a rotina, o tempo, e você mesmo.
Agora, e você? Desgasta também? Será que você compulsoriamente é um fator de desgaste? Você necessariamente desgasta o relacionamento? Impreterivelmente desgasta o amor? Absolutamente desgasta você mesmo? Totalmente desgasta a rotina? Você por si só é responsável de maneira imutável e sem chances de ser diferente, pelo desgaste? Será?
Você é o fator de diferença no desgaste.
Você é capaz e diminuir o desgaste no amor, no tempo, no relacionamento, na rotina e principalmente em você mesmo.
Desgaste-se menos.
Mude a rotina, beije como se fosse o primeiro beijo, esqueça o relógio e abrace o tempo.
Desgaste-se menos. Seja a diferença dos fatores.

Abraços,
Bia

terça-feira, 16 de março de 2010

"Mastercard..."

A grande maioria dos valores morais, éticos ou não, pessoais ou gerais vem de berço. A maioria. Mas também existem exceções, como para tudo nesta vida.
Mas hoje vim aqui para falar dos que literalmente vem de berço. De criação. Ou até dos que são hereditários.
Considero-me um ser humano de sorte. Tive o prazer, imenso prazer, de conviver com uma figura paterna que não era biológica de primeira geração, e sim de segunda (meu avô) por 28 anos da minha humilde vida. Não tem preço, como diz a Mastercard. Não mesmo. Não pode ser medido, não pode ser avaliado financeiramente, mas pode-se tentar expressar em forma de agradecimento. E é por isso que aqui estou hoje. Para agradecer.
Quanto à figura paterna de primeira geração, tive má sorte (a outra palavra traz mais má sorte ainda, como diz minha figura materna de primeira geração!!!). Mas a vida de alguma forma soube compensar essa falta de sorte, essa falta de presença, essa falta de amor, essa falta de educação, essa falta de exemplo, de valores, morais, de ética, enfim, essa falta geral que a primeira geração paterna me causou. Deu-me uma figura paterna de segunda que não só cobriu a falta da primeira, como excedeu em tudo nas expectativas.
Grande parte do que sou hoje devo ao meu verdadeiro pai (não ao biológico). Foi meu maior exemplo de poço de sabedoria. Era MINHA enciclopédia ambulante. Foi minha referência de ética, de coisas certas, de atitudes, de valores. Com ele aprendi a ter moral. Aprendi a definir os MEUS valores. Isso é muito pessoal, eu sei. Varia muito de ser humano para ser humano, mas acredito fortemente que os meus são imbatíveis, pois tendo ele como exemplo, não poderia ser diferente.
Como ele eu aprendi também a ser curiosa. Sempre me dizia que a curiosidade é a maior fonte de aprendizagem. Na curiosidade reside um mar infinito de possibilidades. “Mas filhinha, sempre seja humilde, até na curiosidade.” Com ele aprendi também a nunca ter vergonha de “não saber”. Ninguém nasce sabendo.Mas só cresce quem quer saber. Mais vale perguntar não sabendo, do que calar e fingir saber. Essa é a verdadeira ignorância, no sentido de optar por ignorar.
Meu pai. Meu avô. Meu exemplo. Meu tudo. Esse sim sabia das coisas.
Com ele também aprendi a ser mais paciente. Sou impulsiva, demasiadamente impulsiva. A paciência é um dom. E o pouco que tenho (ainda estou aprendendo) devo a ele. Sem sombra de dúvida.
Outra coisa que ele me ensinou: “filhinha: seja independente. Nunca dependa de ninguém. Essa é a sua verdadeira arma para atingir a felicidade. Trabalhe, dedique-se, encontre o que lhe dá prazer. Estude. Estude muito!! Sempre há mais para aprender”.
Ele faz muita falta. Volta e meia, quando tenho alguma dúvida, qualquer que seja, sobre qualquer assunto, pego o telefone para lhe telefonar... Agora eu tenho que aprender a aprender sem sua presença física. Isso está me doendo. Mas estou amadurecendo através desta dor. Aprendendo a aprender sozinha.
E isso, vôzinho, não tem preço, como diz a Mastercard.
Mesmo distante você se faz mais presente do que a maioria esmagadora dos que aqui estão comigo.
Te amo, e te digo de coração: OBRIGADA.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Sonho ou realidade?

Sabe quando você tem um sonho tão real que chega a confundir com a realidade? Quando você acorda e não tem certeza se aconteceu, se foi pura nostalgia, se foi sonho, o que é que foi?
Esta última noite eu tive um desses. Foi um sonho real. Acordei com as pernas fisica e literalmente doloridas... no sonho eu corri. Foi no momento em que senti a dor física que comecei a questionar até que ponto foi realmente apenas um sonho. Me belisquei para ter certeza de que não estava sonhando ainda... Senti o belisco, mas também sentia a dor nas pernas. A dúvida permaneceu.
Foi tão real. Foi palpável, a ponto de relfetir na minha realidade matinal. Os cheiros eram reais. As cores vivas. A corrida me pareceu bem real. Mas o que mais me impressionou foi o tato. Eu realmente senti quem abracei no sonho. Edu. Foi então que me dei conta que realmente foi sonho.
Edu faleceu tem 1 ano, 1 mês e 18 dias. Um total de 413 dias. A ficha caiu. Infelizmente foi sonho. Nós corremos muito no sonho. Um determinado momento para chegar a tempo numa sala de cinema. Em outro, para não chegarmos atrasados num almoço de família. Noutro, para chegar no Maracanã. Estranho... ele era tricolor doente, e eu sou flamenguista, doente também.
A ficha foi caindo na medida em que ia me relembrando dos detalhes. Tinha sido um sonho.
Mas sempre que me lembrava dos abraços que demos, me parecia real. Ele estava tímido. Quieto. Não falou quase nada o sonho inteiro. Na verdade, não me lembro de ouvir sua voz. Mas os abraços... o tato foi real. Até o cheiro. Eu senti seu cheiro. Acordei com seu cheiro, pois segundos antes de acordar, a gente estava se abraçando, porque conseguimos chegar a tempo na tal sala de cinema. Foi um final de sonho de puro alívio. Para ambos. Ele não disse nada, me abraçou, e entramos na sala escura, sentamos junto ao corredor na penúltima fileira e o filme começou. Acordei.
Desde 28 de Janeiro de 2009 eu imploro para sonhar com ele de maneira feliz e real. Imploro para vê-lo, tirar a terrível "última imagem" que tinha dele. Finalmente chegou esse momento.
Passei o dia inteiro quieta e pensativa. Mas feliz por dentro. Eu tive, finalmente, após 413 dias, a oportunidade de vê-lo, senti-lo, abraçá-lo. Foi bom.
Não sei se terei outra oportunidade dessas tão cedo, e quero manter essa imagem clara e viva na minha mente. Esta é minha "última imagem" atual dele.
E por isso sorrio.

Obrigada.
RIP - te amo.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O fazes com as fases?

"As fases são bem-vindas
As fases são mal-vistas.
Sonhos não fazem parte das fases.
Sabemos bem separar os sonhos das fases...
Olhamos para o passado e vemos fases,
Vivemos o presente e enxergamos A fase.
Mas nunca olhamos o futuro e dizemos:
'essa é a fase por vir'.
O futuro é o sonho
é o que almejamos
é o que queremos
mas não é o que é:
uma fase."

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Hoje

Hoje é um dia feliz.
Apesar da ressaca da virada do ano, apesar do cansaço da bebedeira e de tanto caminhar por copacabana, é um dia feliz! Uma pessoa mais do que especial, que há muito habita em meu coração, chegou finalmente no Rio para nos visitar! Minha cara, que estava super inchada da quantidade de álcool ingerida, se encheu de alegria, um sorriso imenso logo que ela chegou!
Será um mês intenso, feliz, alegre!
Portanto, não se assustem se pouco aparecer por aqui! Estarei rindo, gargalhando, curtindo!
Beijos e abraços a todos! Até breve!